Na semana iniciada em 2 de dezembro de 2024, o dólar norte-americano apresentou uma valorização significativa em relação ao real brasileiro, superando a marca histórica de R$ 6,00. Esse movimento foi impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos que afetaram o mercado cambial.
Fatores Externos:
O fortalecimento do dólar no cenário internacional foi influenciado por declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor tarifas de 100% aos países membros do BRICS, incluindo o Brasil, caso estes não se comprometessem a não criar ou apoiar uma moeda que substituísse o dólar. Essa postura gerou incertezas nos mercados financeiros globais, impactando negativamente moedas de economias emergentes, como o real.
Fatores Internos:
No âmbito doméstico, o mercado reagiu negativamente aos recentes anúncios fiscais do governo brasileiro, especialmente à proposta de reforma do Imposto de Renda e ao pacote de medidas de contenção de gastos. Analistas interpretaram essas ações como sinais de descompromisso com o ajuste fiscal, aumentando a percepção de risco e pressionando a cotação do dólar.
Impacto no Mercado Cambial:
Na manhã de 2 de dezembro, o dólar à vista iniciou o dia em alta de 0,33%, cotado a R$ 6,0210 na venda. Durante a sessão, a moeda norte-americana atingiu máximas históricas, ultrapassando os R$ 6,05. Esse cenário reflete a combinação de pressões externas e internas que influenciaram o mercado cambial brasileiro.
Perspectivas Futuras:
A continuidade da valorização do dólar dependerá da evolução dos fatores mencionados. A adoção de medidas fiscais mais consistentes pelo governo brasileiro e a resolução das tensões comerciais internacionais serão cruciais para estabilizar a cotação da moeda norte
